ATA DA OCTOGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA
SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM
09-10-2006.
Aos nove dias do mês de outubro do ano de dois mil e
seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quatorze minutos, foi realizada
a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr.
Goulart, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib,
Luiz Braz, Margarete Moraes e Neuza Canabarro. Constatada a existência de
quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo
Filho, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Elói Guimarães, João Bosco
Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Maria Celeste, Mario Fraga,
Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulo Odone, Professor
Garcia, Raul Carrion, Sofia Cavedon, Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados:
pelo Vereador Alceu Brasinha, o Pedido de Providência no 1816/06
(Processo no 4876/06); pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, o
Pedido de Providência no 1813/06 (Processo no 4870/06);
pelo Vereador Elias Vidal, o Pedido de Providência n° 1812/06 (Processo n°
4869/06) e o Pedido de Informação no 222/06 (Processo no
4865/06); pelo Vereador Ervino Besson, o Pedido de Providência n° 1814/06
(Processo n° 4871/06); pelo Vereador João Antonio Dib, o Pedido de Providência
n° 1817/06 (Processo n° 4877/06); pelo Vereador João Bosco Vaz, o Pedido de
Providência n° 1815/06 (Processo n° 4872/06); pelo Vereador João Carlos Nedel,
o Projeto de Lei do Legislativo n° 203/06 (Processo n° 4674/06); pelo Vereador
Sebastião Melo, os Pedidos de Providência nos 1809, 1810 e 1811/06
(Processos nos 4861, 4862 e 4863/06, respectivamente). Também, foram
apregoados os seguintes Ofícios, de autoria do Senhor Eliseu Santos, Prefeito
Municipal de Porto Alegre, em exercício: de nº 951/06 (Processo nº 4883/06), informando que o Prefeito José Fogaça
se ausentará do Município das doze às vinte e três horas de hoje, quando
participará de reunião com o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES –, a ser realizada na cidade de Rio
de Janeiro – RJ –;
e de nº 952/06 (Processo nº 4884/06),
informando que o Prefeito José Fogaça se ausentará do Município e do
País das dezenove horas e trinta minutos do dia vinte e dois às doze horas do
dia vinte e cinco de outubro do corrente, quando proferirá palestra em “The
London School of Economics and Political Science”, em Londres, Inglaterra. Do
EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 10733332, 10733335, 10733336,
10733338, 10733339, 10733343, 10733344, 10733345 e 10733347/06, do Fundo
Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Na ocasião, em face de Questões de Ordem e manifestações formuladas
pelos Vereadores Professor Garcia e Haroldo de Souza e pela Vereadora Margarete
Moraes, o Senhor Presidente prestou informações acerca da ordem dos trabalhos
da presente Sessão. A seguir, foi votado Requerimento verbal formulado pelo
Vereador Haroldo de Souza, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da
presente Sessão, o qual obteve dezesseis votos SIM e um voto NÃO, em votação
nominal solicitada pelo Vereador Adeli Sell, tendo votado Sim os Vereadores Alceu
Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Elói
Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, José Ismael Heinen, Mario Fraga, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza
Canabarro, Paulo Odone e Professor Garcia e Não o Vereador Ibsen Pinheiro, votação esta declarada nula pelo Senhor Presidente,
em face da inexistência de quórum deliberativo. Ainda, em face de Questão de Ordem formulada pelo Vereador Carlos
Comassetto, o Senhor Presidente prestou informações acerca do artigo 176, § 1º,
do Regimento, que dispõe sobre o tempo de votação. Em prosseguimento, foi
aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Paulo Odone, solicitando
alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão, por vinte e um votos SIM,
em votação nominal solicitada pelo Vereador Luiz Braz, tendo votado os Vereadores
Alceu Brasinha, Almerindo Filho,
Bernardino Vendruscolo, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elói
Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib,
João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Mario Fraga, Mônica
Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia e Valdir
Caetano. Também,
em face de Questões de Ordem e manifestações formuladas pelos Vereadores Carlos
Comassetto, Paulo Odone e João Antonio Dib, o Senhor Presidente prestou
informações acerca da ordem dos
trabalhos da presente Sessão. Após, constatada a existência de quórum,
foi iniciada a ORDEM DO DIA. Na oportunidade, o Vereador Carlos Comassetto
formulou Requerimento verbal, solicitando a suspensão dos trabalhos da presente
Sessão. Às quatorze horas e trinta e três minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e quarenta
minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, o Senhor Presidente
prestou esclarecimentos das restrições impostas pela legislação eleitoral, no
que diz respeito às manifestações e veiculação de mensagens de propaganda
política neste Plenário. Em continuidade, foi votada destacadamente e rejeitada
a Emenda nº 26, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 031/06, por seis votos
SIM e dezoito votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Carlos
Comassetto, Adeli Sell e João Antonio Dib, em votação nominal solicitada pelo
Vereador Luiz Braz, tendo votado Sim os Vereadores Aldacir
Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Margarete Moraes, Raul Carrion e
Sofia Cavedon e
Não os Vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo,
Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Elói Guimarães,
Ervino Besson, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael
Heinen, Mario Fraga, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia
e Valdir Caetano. Foi
votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 28, aposta ao Projeto de Lei do
Executivo nº 031/06, por sete votos SIM, dezesseis votos NÃO e uma ABSTENÇÃO,
após ser encaminhada à votação pelo Vereador Carlos Comassetto e pela Vereadora
Sofia Cavedon, em votação nominal solicitada pelo Vereador Luiz Braz, tendo
votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Margarete Moraes, Raul Carrion e Sofia Cavedon, Não os Vereadores Alceu
Brasinha, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Elói Guimarães,
Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael
Heinen, Mario Fraga, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor
Garcia e Valdir Caetano e tendo optado pela Abstenção o Vereador João Antonio
Dib. Na
oportunidade, em face de Questão de Ordem formulada pela Vereadora Margarete
Moraes, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca da condução dos
trabalhos da presente Sessão. Foi votada destacadamente a Emenda nº 30, aposta
ao Projeto de Lei do Executivo nº 031/06, a qual obteve um voto SIM, quinze
votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores
Aldacir Oliboni, Margarete Moraes e Raul Carrion, em votação nominal solicitada
pelo Vereador Luiz Braz, tendo votado Sim o Vereador Aldacir Oliboni, Não os
Vereadores Alceu Brasinha, Cassiá Carpes, Claudio
Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João
Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Mario Fraga, Mônica Leal,
Neuza Canabarro, Paulo Odone e Professor Garcia e tendo optado pela Abstenção o
Vereador João Antonio Dib, votação esta declarada
nula pelo Senhor Presidente, em face da inexistência de quórum deliberativo. Às
quinze horas e vinte e nove minutos, constatada a inexistência de quórum
deliberativo, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando
os Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir.
Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Dr. Goulart e Luiz Braz e
secretariados pelo Vereador Haroldo de Souza. Do que eu, Haroldo de Souza, 1º
Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e
aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Uma vez ausentes os que falariam no Grande Expediente, passaremos direto ao
período de Comunicações. Mas antes pediria que o Ver. Haroldo de Souza nos
desse noção dos documentos que chegaram ou que começaram a tramitar nesta Casa.
E convido o Ver. Luiz Braz a tomar assento à presidência dos trabalhos, uma vez
que devemos receber o Fórum Cível, através do Dr. Giovani, que nos aguarda na
Presidência.
(O
Ver. Luiz Braz assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. 1º SECRETÁRIO (Haroldo de Souza): (Lê as proposições apresentadas à Mesa.)
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Eu
respeito a posição, só me causou estranheza porque há um rito: normalmente,
logo após a abertura dos trabalhos, a primeira coisa feita é a leitura. Hoje
trocou, mas respeito.
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Eu
concordo com Vossa Excelência. Peço inclusive que, se for possível, seja
comunicado ao Presidente, para podermos corrigir; mas eu não posso corrigir
aqui...
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Presidente,
eu sempre entendi e respeitei a hierarquia. Só estou colocando a minha posição.
Não tem problema, fico para uma próxima oportunidade.
O
SR. HAROLDO DE SOUZA: Nós
não havíamos acertado na reunião que anteciparíamos tudo para entrarmos na
Ordem do Dia? Que não haveria Liderança, não haveria Comunicações? Nós não
acertamos isso às 11h30min, meio-dia?
A
SRA. MARGARETE MORAES: Queria
relembrar que a Bancada do Partido dos Trabalhadores não deu acordo, então não
houve acordo. Nós dissemos que queríamos que as Comunicações corressem e...
O
SR. HAROLDO DE SOUZA (Requerimento): Então
eu gostaria de fazer uma votação para a inversão da ordem dos trabalhos, para
já iniciarmos com a Ordem do Dia, a fim de que possamos resolver o problema da
LDO, cujo prazo termina amanhã, e que eu acho bem mais importante do que os
próximos discursos que virão por aí. Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Adeli Sell, o Requerimento do Ver.
Haroldo de Souza, solicitando a inversão da ordem dos trabalhos. (Pausa.) (Após
a apuração nominal.) Dezesseis votos SIM e 01 voto NÃO. Não há
quórum.
O SR. CARLOS COMASSETTO (Questão de Ordem): Sr.
Presidente, na Sessão passada, devido ao tempo do painel, nós tínhamos feito um
acordo tácito de trabalho no sentido de que, sempre que desse um minuto e
trinta o painel iria fechar, e seria perguntado ao Plenário quem não conseguiu
votar. Como nós acordamos isso na Sessão passada, eu pediria a gentileza de
podermos proceder dessa maneira hoje.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Ver.
Comassetto, este Vereador se comportou exatamente assim: quando foi um minuto e
meio, eu só consultei se algum Vereador deixou de votar. Como alguns Vereadores
deixaram de votar, eu colhi os votos desses Vereadores, que já estavam
presentes no plenário. O comportamento deste Vereador foi exatamente dentro do
acordo que foi registrado na Sessão passada.
O primeiro Vereador inscrito no período de
Comunicações...
O SR. PAULO ODONE (Requerimento): Eu quero
requerer a renovação de votação, Presidente, para pedir a inversão da Ordem do
Dia.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Vossa
Excelência faz novamente um Requerimento para a inversão da Ordem do Dia?
O SR. PAULO ODONE: Exatamente, é
um Requerimento que apresento agora.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Coloco de novo
em votação...
Ver. Comassetto, peço licença a Vossa Excelência,
pois há um Requerimento.
(Manifestações no Plenário.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Se nós
iniciarmos o período das Comunicações, não teremos mais como inverter este
período. Por isso nós não podemos mais... Se queremos inverter por causa do
problema da LDO, não podemos iniciar o período de Comunicações, porque eu não
tenho como cortar o período das Comunicações no meio logo após.
O SR. CARLOS COMASSETTO (Questão de Ordem): Sr.
Presidente, pela boa postura que sempre teve esta Casa e já que V. Exª me
chamou para a tribuna, eu acho que é, no mínimo, uma indelicadeza de qualquer
um tirar da tribuna um dos colegas que está regimentalmente com o direito
constituído de se expressar. Vossa Excelência me chamou para a tribuna, eu lá
estava; após V. Exª me chamar para a tribuna, veio o Líder da base solicitar uma
nova votação. Eu gostaria que fosse mantido o período de Comunicações, que é um
período regimental, legítimo, e na Sessão passada nós já aceitamos abrir mão da
Comunicação para que pudéssemos avançar. Portanto, eu gostaria de concluir,
porque V. Exª já tinha me chamado para a tribuna.
O SR. PAULO ODONE: Presidente, eu
me apressei em pedir antes que o nobre Ver. Comassetto começasse exatamente
para que não acontecesse isso. O meu pedido começou antes de iniciar o período
de Comunicações. Eu peço a renovação de votação, mas faço um apelo: se nós
fizemos na outra vez, e resta um tanto, vamos liquidar a questão da LDO, que é
para todos, isso não é de interesse partidário no momento. É um apelo, Ver.
Comassetto, que eu lhe faço aqui. Não é revide, não é nada, é um pedido a nós
todos. Nós temos outros compromissos,
e a gente tem a LDO para votar, a Câmara tem que encerrar essa votação da LDO,
tem prazo para ela. Eu estou pedindo, não há nenhum problema maior nisso, nós
vamos ter que enfrentá-la, então que façamos hoje. Isso é o melhor para todos,
é confortável e conveniente para a Câmara. Eu renovo o meu pedido, que foi
feito antes de iniciar o período de Comunicações, embora V. Exª pudesse ter
anunciado, para que se faça a inversão da Ordem do Dia.
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Exato.
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em
votação nominal, por solicitação do Ver. Paulo Odone, o Requerimento de
sua autoria.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.)
APROVADA a inversão por 21 votos SIM.
Havendo
quórum, passamos à
(encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 4348/06 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 031/06, que dispõe sobre as diretrizes
orçamentárias para 2007 e dá outras providências.Com
Emendas nos. 01 a 76 ao Projeto. Com Mensagem Retificativa. Com Emendas nos. 77
a 97 à Mensagem Retificativa.
Parecer:
-
da CEFOR. Relator Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto, da
Mensagem Retificativa e das Emendas nos. 01 a 09, 12, 14, 23, 25, 29, 36, 38,
42, 44, 48, 50 a 54, 57 a 74 e 97; e pela rejeição das Emendas
nos. 10, 11, 13, 15 a 22, 24, 26, 27, 28, 30
a 35, 37, 39, 40, 41, 43, 45, 46, 47, 49, 55, 56, 75 a 96.
Observações:
- quórum para aprovação: maioria simples
de votos, presente a maioria absoluta dos Vereadores – art. 53, “caput”, c/c
art. 82, “caput”, da LOM;
-
incluído na Ordem do Dia em 04-10-06;
-
foram provados o Projeto, a Mensagem Retificativa e as Emendas nos. 01 a 09,
12, 14, 23, 25, 29, 36, 38, 42, 44, 48, 50, 51, 52, 53, 54, 57, 74 e 97, em
05-10-06;
-
foram rejeitadas as Emendas destacadas nos. 11, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22 e
24, em 05-10-06.
O
SR. CARLOS COMASSETTO (Requerimento): Por
gentileza, Sr. Presidente, queremos o tempo de dois minutos para dialogarmos no
sentido de encontrarmos um acordo global na condução dos trabalhos.
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Estão
suspensos os trabalhos por dois minutos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h33min.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz – às 14h40min): Estão reabertos os trabalhos.
Vou lembrar a todos os
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, principalmente aos fotógrafos e
ao pessoal da TVCâmara, que ainda estamos em um período eleitoral, portanto
nós, que somos Vereadores e Vereadoras, não podemos utilizar, nas Sessões,
símbolos que possam lembrar partidarismos defendidos nesta Casa. Então pediria
aos Vereadores e Vereadoras que estão utilizando símbolos de campanha que, por
favor, deixem de usá-los, a televisão não pode ser multada por problemas que
possamos gerar aqui, através de atos não muito convenientes.
Em votação a Emenda nº 26,
destacada, ao PLE nº 031/06. (Pausa.) O Ver. Carlos Comassetto está com a
palavra para encaminhar a votação.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Luiz Braz; colegas Vereadores e Vereadoras, são 14h42min, e
nós iniciamos esta Sessão às 14h12min. Quero dizer que estávamos inscritos no
período de Comunicação - um direito regimental -, mas não tivemos a
oportunidade de nos pronunciar. Eu e meu Partido somos autores de mais ou menos
cinqüenta Emendas e iremos falar no mínimo de dez a quinze minutos em cada uma
delas, para poder dialogar com os companheiros Vereadores e Vereadoras hoje,
até o final deste debate. Nós queremos dialogar com bom senso, essa sempre é a
nossa disposição.
Este
Vereador já estava na tribuna e de lá foi retirado antes de findarem os seus
cinco minutos, mas quero iniciar aqui a nossa defesa e quero fazer um diálogo
aqui, sim, fraterno. Poderá ser a primeira Emenda aprovada, e reabrimos o
diálogo, então, ou não reabrimos. Eu gostaria de ouvir a opinião contraditória
da base do Governo, se por acaso for votar contra. Nós incluímos na Lei de
Diretrizes Orçamentárias, no Programa Porto Verde, a ação de conservação de
Áreas de Preservação Permanente, qual é o produto? Plano de manejo do Morro São
Pedro e seu entorno. O que é esse plano? O Morro São Pedro e seu entorno tem o
habitat mais natural de Porto Alegre. Nesse habitat vive ainda um conjunto de
famílias de primatas, uma espécie de macacos que estão em extinção.
Eu,
quando era Conselheiro do Plano Diretor daquela região, eleito por aquela
comunidade, fiz um indicativo, Verª Mônica Leal, que representa aqui os anseios
da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, junto com o Ver. João Antonio Dib, o
seu correligionário, e o nosso colega que lá dirige aquela Secretaria.
Dialoguei com o Secretário Beto Moesch, e ele dá acordo, não só acordo como
defende a necessidade de nós discutirmos o que significa o plano de manejo de
uma região tão significativa, tão interessante e tão importante como é o Morro
São Pedro e seu entorno. Hoje ela é uma região que sofre uma pressão urbana,
Ver. Todeschini: da Restinga, que sobe o Morro São Pedro e não tem nenhum
limite de um plano de manejo que relacione essa interface, assim como pela
volta do Morro São Pedro, pela Estrada das Quirinas e outros. Ali ainda estão
as nascentes de águas cristalinas de Porto Alegre.
Portanto
a inclusão desta Emenda vem auxiliar o debate na Cidade, inclusive auxiliar o
debate desse Projeto Porto Verde, que não acrescenta, que não coloca no seu
plano de trabalho para o próximo ano... Que nós possamos resgatar, Sr.
Presidente, um Projeto que está pronto lá na Secretaria do Meio Ambiente, que
foi desenvolvido pelo Instituto de Ecologia da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, que fez todo o mapeamento daquela região, com levantamento de
flora, de fauna, dos recursos naturais renováveis ou não, inclusive da sua
disposição socioeconômica, o que predomina naquela região como atividade de
produção.
Portanto,
senhores e senhoras, esta é uma Emenda que vem a engrandecer Porto Alegre, a
qualificar Porto Alegre, principalmente neste momento em que nós vivemos um
desastre ambiental e ecológico no rio dos Sinos. Se quisermos evitar desastres
ecológicos como aquele, se quisermos proteger a fauna lá existente,
principalmente a família de primatas, que é única em Porto Alegre, nós teremos
de votar a favor desta Emenda, no sentido de qualificar a Cidade. Nesse
sentido, Sr. Presidente, agradecemos este espaço, que nos possibilitou
apresentar uma proposta que vai enriquecer Porto Alegre ambientalmente. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Obrigado,
Ver. Comassetto. O Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a votação
da Emenda nº 26, destacada, ao PLE nº 031/06.
O
SR. ADELI SELL: Meu caro
Luiz Braz, na presidência dos trabalhos; colegas Vereadores e Vereadoras, cidadãos
e cidadãs, nós pretendemos encaminhar a Emenda proposta pelo colega Comassetto
porque a questão é visível, eu estive sábado na região e pude constatar a
importância de um processo de manejo do Morro São Pedro. A nossa Cidade em
muitos momentos está sendo invadida por habitações paupérrimas, sem o devido
controle da municipalidade. Quem cruzar de Belém Velho à Lomba do Pinheiro,
Ver. João Dib - o senhor foi Prefeito, conhece a região -, pela Afonso Lourenço
Mariante, vai encontrar ali ocupações indevidas do solo urbano com grandes
devastações. Não é diferente na Zona Sul, não é diferente nessa região mais
específica das proximidades do Morro São Pedro. Portanto cabe, sim, esta
Emenda, porque outras Emendas que não têm o mesmo valor, que não têm as mesmas
preocupações com o ambiente, com a sociedade, com as crianças, foram aprovadas;
eram Emendas da base do Governo.
E
aqui hoje se tentou, de várias maneiras, utilizar de uma maioria, e, como já
disse o Ver. Comassetto, que me antecedeu, ficamos numa peleja de mais de
trinta minutos para saber o que começaríamos a votar ou não, e somos pagos pelo
povo de Porto Alegre. Num determinado momento, tem-se maioria para votar, mas
não queriam a discussão, e agora, se verificarmos o quórum, não haverá dezenove
presenças, mas, quando se anuncia a votação, vem todo o mundo correndo, dá-se
um jeitinho, etc e tal. E nós, para passarmos esta Emenda, que é destacada,
temos de fazer os dezenove votos.
Portanto,
ser minoria na Câmara Municipal de Porto Alegre é uma verdadeira desgraça,
porque você luta contra um gigante que não discute, que não diz por que nega as
nossas Emendas, mas aprova sempre as suas Emendas. E, nesta tarde, nós vamos
vir aqui quantas vezes forem necessárias, para dizer da nossa oposição a esse
tipo de comportamento. Estamos ajudando, ajudamos freqüentemente o Governo
Municipal a resolver problemas da Cidade. Portanto aqui não existe oposição
pela oposição.
Então,
temos de discutir, sim; vamos cansar, não há problema, somos pagos para
trabalhar e vamos trabalhar até votar Emenda por Emenda, porque temos de
justificar, junto às comunidades, junto às demandas que nos chegaram, o que
fizemos, o que deixamos de fazer aqui. Eu estou fazendo a minha parte,
trabalhando pelo bem da Cidade, pelo ambiente, pela conservação de uma
importante região da Cidade, e é por isso que a nossa Bancada apresenta esse
destaque, ela quer votar, quer discutir.
Lastimavelmente,
talvez só possamos ouvir do lado de lá o Ver. João Dib, como costumeiramente
estamos ouvindo, porque os outros se calam, eu acho que eles não têm o que
dizer sobre o ambiente da Cidade. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 26, destacada, ao PLE nº 031/06.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, na quinta-feira, as minhas últimas palavras aqui na Sessão
foram no sentido de que, como Vereador, eu me sentia humilhado, pois tínhamos
na base do Governo 26 Vereadores e não obtivemos quórum suficiente para
continuar a Sessão. E nós não fizemos as quatro horas e meia da Sessão, o mais
importante de tudo, só ficamos aqui quatro horas e quinze minutos.
Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, meus colegas do Partido dos Trabalhadores, se eu
me senti humilhado, agora eu me sinto triste, profundamente triste, em ver
Vereadores inteligentes, competentes, usarem a tribuna como crianças mimadas,
contrariadas! O Ver. Comassetto tinha razão! Eu disse que ele tinha razão! Ele
deveria ter se pronunciado, e, só depois que ele saísse da tribuna, é que
deveria ter sido feita a votação do Requerimento. Mas isso não é razão para que
nós passemos a discutir Emenda por Emenda, quando o acordo foi feito...! Isso
significa não querer resolver os problemas da Cidade! Nós temos prazo até
amanhã para entregar a matéria! É claro que tem de ser revisada a Redação
Final! Eu penso que não fica bem para Vereadores competentes, inteligentes,
cultos, procederem da forma que estão fazendo, só por teimosia! Nós vamos
encaminhar cada vez, cada questão, com dois Vereadores do PT, isso se o meu
amigo Ver. Raul Carrion não decidir falar também. Eu acho que foi proposto um
acordo, foram acertadas as bases do acordo, e eu acho também que a Liderança do
Governo tem que chamar a Liderança do PT e buscar a solução! Nós não podemos
ficar aqui brincando de Vereador!
O
importante não é fazer Emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias! Isso é uma
diretriz! Ele não é obrigado a segui-la! É uma diretriz, o Prefeito não é
obrigado a segui-la! Agora, se ele quiser atuar naquele setor, tem de atuar
conforme a diretriz! Então, ele não é obrigado a seguir nenhuma das diretrizes
que tentam impor! Mas nós somos inteligentes; a minoria não significa nada,
porque ela pode, sendo minoria, com diálogo, com desejo de acertar, buscar a
solução correta! Mas, dessa forma, eu acho que nós não vamos chegar a entregar
no prazo devido a Lei de Diretrizes Orçamentárias. E volto a dizer: é diretriz
orçamentária! O Prefeito não é obrigado a fazer o que aqui é votado, a não ser
que ele queira atuar naquela Emenda definida. Se ele ignora a Emenda, não
acontece nada!
Mas
parece que não há diálogo, parece que não querem solução, querem, mesmo, é
confusão! Parece-me que vai acontecer isso a tarde inteira, mas eu ainda
acredito no bom senso da Verª Sofia Cavedon, da Verª Margarete, do meu amigo
Carlos Roberto Comassetto e dos demais Vereadores do PT, que vão buscar uma
solução junto com a Liderança do Governo, que, eu acredito, se dispõe a buscar
essa solução. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz):
Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda nº 26, destacada,
ao PLE nº 031/06. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 06
votos SIM e 18 votos NÃO.
Em votação a Emenda nº 28, destacada, ao PLE nº 031/06. (Pausa.) O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Luiz Braz; colegas Vereadores e Vereadoras, comunidade que nos
assiste, cumprimento as lideranças da Restinga aqui presentes. Esta Emenda que
apresentamos, como bem disse o Ver. João Antonio Dib há alguns minutos, pode
ser ou não cumprida pelo Executivo Municipal. Agora, se ela não existir, ela
não pode ser inventada pelo Executivo Municipal. A oposição tem
responsabilidade de identificar, no Plano Plurianual e na LDO, as falhas, sob o
ponto de vista de diretrizes, pelo menos do conceito de cidade que defendemos,
que é a cidade sustentável, Ver. Nereu D’Avila, e entre as questões está a da
pavimentação. E aí qual é a diretriz que traz o Executivo Municipal na LDO? No
plano de ação, as vias estruturais. Nas vias estruturais, o Executivo Municipal
propõe realizar seis mil metros de pavimentação em 2007.
Nós
tivemos a tranqüilidade de fazer um estudo e quantificar a média anual de
pavimentação feita pela Administração nos últimos dezesseis anos. Talvez seja
por isso, Ver. Mario Fraga, que o Beco da Vitória, cujo projeto ficou pronto -
e já era para ter sido pavimentado -, continua lá com a comunidade comendo
poeira. Da nossa região! Ficou o projeto pronto, o recurso pronto, e não é
pavimentado. Diariamente ouvimos as reclamações, e falo isso carinhosamente ao
meu colega Vereador, pois trabalhamos na mesma base e temos o compromisso de
fazer com que aquele projeto, entre outros, seja executado.
O Governo Municipal propõe, para o próximo ano,
fazer somente seis mil metros, seis quilômetros de pavimentação de vias
estruturadoras, então a nossa Emenda quer que seja elevado esse número de seis
quilômetros para dezenove quilômetros, ou seja, para dezenove mil metros. E por
que dezenove mil metros, senhoras, senhores e Ver. Cassiá, que dirigiu a SMOV?
Porque essa foi a média de pavimentação dos dezesseis anos em que governamos. Bom,
se o Governo disse que queria fazer de igual para melhor, quero dizer, com
muita tranqüilidade, que com essa diretriz é fazer de igual para pior. A nossa
sugestão é que o Governo aceite a meta de dezenove quilômetros, que isso passe
a ser prioridade, é uma das três prioridades do Orçamento Participativo. Com
seis mil metros, essa prioridade não é atendida no Plano Diretor. Para quem
quer saber, seis mil metros é, mais ou menos, como daqui a Assunção; em vias
estruturadoras para a Cidade, isso é insuficiente para o que precisa ser ainda
pavimentado. Somente a Estrada Três Meninas, por exemplo, que liga a Vila Nova
à Costa Gama, tem 3,8 quilômetros. Por que seis mil metros, se a média da
Administração Popular, nos últimos dezesseis anos, foi de dezenove quilômetros
anuais? E esses dados estão para qualquer um dos colegas Vereadores e
Vereadoras ou da comunidade analisar.
Portanto, queremos que este Governo seja no mínimo
igual ao Governo da Administração Popular no que diz respeito às vias
estruturadoras/pavimentação. Nesse sentido, trago aqui, como autor e em nome da
minha Bancada, essa sugestão para o Executivo Municipal, para que o nosso
colega que lá está, o Ver. Maurício Dziedricki, possa atender as demandas das
comunidades, e entre elas está pavimentar, por exemplo, o Beco da Vitória, e
ficou pronto o Projeto, estão buscando a captação do recurso para poder assim
fazer a pavimentação. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Verª Sofia
Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 28,
destacada, ao PLE nº 031/06.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Ver. Luiz Braz; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu
vim falar dos termos “conveniência” e “oportunidade” utilizados pelo Executivo.
Há mais de meia hora, eu e a Verª Margarete terminamos uma Reunião de Mesa e
Lideranças, nesse meio tempo estive no Ministério Público, e, para minha
surpresa, chego aqui, e a possibilidade de se aprovarem algumas Emendas e de
sensibilidade com a oposição transformou-se em zero.
Na Reunião de Mesa e Lideranças, representando a
Bancada do Partido dos Trabalhadores, eu dizia que a nossa Bancada concordava
em votar em bloco, acordando com o Executivo a aprovação de três Emendas, mas
não concordava em inverter a Ordem do Dia. A situação, na verdade, não tem a
menor sensibilidade, chegou aqui e colocou em votação: “Não, nós vamos
inverter.”! Nós consideramos isso um desrespeito, o que combina muito com os
termos da justificativa para a rejeição, Ver. Comassetto.
Portanto, é conveniência, é oportunidade do
Executivo. E assim é a justificativa para muitas Emendas, Ver. Dib. Eu também
acho a legislação toda, na verdade, dá um poder muito grande para o Executivo,
conferindo ao Legislativo uma grande responsabilidade: responsabilidade de
cobrar prioridade, de cobrar coerência, de cobrar a palavra dada. E,
principalmente, fundamentalmente, cabe a nós cobrar que os eleitos representem,
de fato, o voto conferido, que nós, os Vereadores eleitos, e os eleitos do
Executivo, de fato, respeitemos de onde emana o poder e para onde deveria
voltar o poder, que é o cidadão soberano. Na democracia, no regime democrático,
Ver. Ismael, é o que determina o uso do recurso público, é o que deveria
construir as políticas públicas e a própria legislação; tem que haver retorno
dos representantes, que são temporários, a respeito do que é feito para
responder essas necessidades.
Um Vereador trouxe à análise que nós tivemos uma
determinada média, mantida há 16 anos, de investimento em pavimentação nesta
Cidade, e este Governo - que se elegeu dizendo que iria manter o que era bom,
que iria ampliar e melhorar o que não estava bem, que, principalmente e
fundamentalmente, se comprometeu com a participação popular, com a soberania
popular, com a decisão a partir do Orçamento Participativo - pura e
simplesmente afirma que, por conveniência ou por oportunidade, se farão ou não
as obras. Isso é de uma arrogância, de um dispensar do cidadão, do Legislativo,
do debate, do bom debate, do contraditório! Era preferível que aqui colocasse -
e aí aceitaríamos -, que sustentasse: “A Cidade já está bem na pavimentação,
nós não faremos tantos mil metros porque outras áreas terão prioridades: estas,
estas e estas, porque a Cidade pediu esta ou aquela medida”.
Então, é o bom debate, é a transparência, o
argumento, a coerência, é a capacidade de disputar a partir da leitura da
sociedade. Alguma prioridade é o que nós queremos ver aqui, é isso o que nós
queremos ver aqui. Nós não conseguimos enxergar qual é a prioridade deste Governo,
medida e construída com a cidade de Porto Alegre. O que a gente consegue ver,
lamentavelmente, é uma gestão sem rumo e sem capacidade criativa para responder
aos desafios desta Cidade, que é uma Cidade de uma história que tem que ser
honrada, uma história sem par neste País e no mundo, de participação, de
protagonismo, de transparência, de capacidade de incidir sobre os seus
governos.
Não é com esta mera e pura afirmação - “Por
conveniência ou por oportunidade do Executivo, faremos ou não faremos as obras”
- que se dá conta desse belo destino, que se está à altura do que a Cidade
elegeu e do que a Cidade quer ver ser respondido.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em votação
nominal, por solicitação desta Presidência, a Emenda nº 28, destacada, ao PLE
nº 031/06. Votos “Sim” aprovam a Emenda nº 28, votos “Não” rejeitam a Emenda nº
28. A Emenda é de autoria do Ver. Carlos Comassetto.
A SRA. MARGARETE MORAES (Questão de Ordem): Sr.
Presidente, por favor, V.
Exª está conduzindo o resultado dizendo: “Nós estamos rejeitando a Emenda”. Nós
estamos votando tal Emenda, se aprovamos ou rejeitamos, é do íntimo de cada
Vereador, é um direito nosso.
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz):
É que V. Exª, talvez, não tenha apanhado a frase completa, Vereadora. Eu disse
que votos “sim” aprovam a Emenda, e votos “não” rejeitam a Emenda.
A
SRA. MARGARETE MORAES:
Vossa Excelência colocou: “Nós estamos rejeitando a Emenda”.
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz):
A frase foi completa, acho que V. Exª pegou só a metade da frase, Verª
Margarete Moraes. Este Vereador, na Presidência, jamais utilizou de
parcialidades.
Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 28, destacada, ao PLE nº 031/06. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) REJEITADA por 07 votos SIM, 16 votos NÃO e
01 ABSTENÇÃO.
Em votação a Emenda nº 30, destacada, ao PLE nº 031/06. (Pausa.) O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para encaminhar a votação.
O
SR. ALDACIR OLIBONI: Nobre
Presidente, Ver. Luiz Braz; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu
creio que esta Emenda é de extrema importância para a cidade de Porto Alegre.
Vejam, senhoras e senhores: nós temos mais de cento e quarenta serviços em
saúde na Cidade. Quando falamos aqui para incluir como diretriz os sete postos
de saúde da Região Leste, lá na Região do Murialdo, isso se deu em razão de que
esses são os únicos sete postos, ou unidades de saúde, que ainda não foram
municipalizados, sendo que o Governo Municipal já tem inclusive um acordo
firmado com o Governo do Estado, através dos Conselhos Municipais de Saúde e
das Secretarias de Saúde, para a municipalização.
Ver.
Garcia, se não entrar como diretriz, nenhum Governo, seja qual for o que ganhar
a eleição, poderá concordar com a municipalização da área da Saúde dessa
Região, pois o Governo atual, o Governo do Estado, embora concordando, não
repassou recursos para poder municipalizá-los, e o Governo Municipal só aceita
esses postos, Ver. Luiz Braz, se os recursos forem encaminhados. Então, isso
tem de entrar na forma de diretriz. E os dois candidatos atualmente ao Governo
do Estado estão dizendo que vão cumprir a lei do repasse dos 12%. Então, o
recurso para a municipalização da Saúde, dos setes postos da Região Leste, que
são os únicos que ainda estão faltando, está assegurado. Isso está garantido, e
eu não sei por que não entrou aqui como diretriz, uma vez que está assegurado
pelo Controle Social, que são os Conselhos Estaduais e Municipais da Saúde, e
pelo Conselho Distrital da Região Leste.
Esta
Emenda era apenas uma afirmação do que, na verdade, já existe: o acordo entre o
Governo do Estado e o Governo Municipal para poder viabilizar o atendimento
nessa Região. É uma Região que atende a mais de duzentas mil pessoas, nós
estamos pedindo apenas o acréscimo de trinta mil consultas para o Município de
Porto Alegre e não estamos entendendo por que o Governo Municipal rejeitou esta
Emenda.
Na
condição de Comissão de Saúde e Meio Ambiente, nós fomos visitar a Unidade de
Saúde e lá encontramos a comunidade, de uma forma geral, reclamando que não tem
atendimento médico, e todos os Vereadores são sensíveis, Ver. Sebenelo, no
sentido de que sejam aumentados esses serviços, então não entendemos por que
foi vetada, agora, uma diretriz que é de extrema importância, para que, mais
adiante, quando chegarem os recursos, a demanda possa ser aumentada para a
população.
Nesse
sentido, nós fizemos um apelo às Vereadoras e aos Vereadores para que votem
favoravelmente a Emenda nº 30, porque ela consolida exatamente o que já está
acordado. Se ligarem para o Secretário da Saúde Municipal ou Estadual, para o
Presidente do Conselho Municipal de Saúde ou Estadual, vão verificar que já
existem documentos firmados e assinados no Conselho Distrital de Saúde da
Região Leste para a municipalização desses sete postos. Observem o que acontece
nesses sete postos, estão sucatados, Ver. Luiz Braz, é impressionante a
estética desses postos, são prédios em situação deplorável. E ali estão os
servidores trabalhando, sem condições de trabalho, em alguns locais chove
dentro. Então, não tem por que não votar favoravelmente uma diretriz que, logo
ali adiante, vai dar condições de trabalho aos servidores, vai dar condições de
atendimento médico ampliado àqueles cidadãos e às cidadãs daquela Região.
No
nosso dia-a-dia, somos cobrados quando vamos lá, como Comissão de Saúde, somos
muito cobrados. E todos os Vereadores, quando vão à comunidade, dão a impressão
de que são sensíveis à realidade de aumentar o serviço, parece que há uma
bandeira de luta para a ampliação da demanda do serviço de saúde. Mas agora nós
vemos aqui o contrário, vemos a rejeição de uma Emenda importantíssima para a
cidade de Porto Alegre. A Verª Neuza sabe muito bem, pelas visitas que fizemos
na região. Eu faço aqui um apelo para que a Emenda nº 30 seja aprovada, que
entre como diretriz na LDO. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Obrigado,
Ver. Aldacir Oliboni.
A
Verª Margarete Moraes está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
30, destacada, ao PLE nº 031/06.
A
SRA. MARGARETE MORAES: Presidente
Luiz Braz, esta Emenda é de autoria do Ver. Oliboni, V. Exª se equivocou e
disse Comassetto, é isso que ele está reclamando, ele falou na condição de
autor.
Eu
queria cumprimentar a Bancada do meu Partido e o Ver. Aldacir Oliboni por
apresentar esta Emenda, que guarda absoluta coerência com os propósitos e com a
ação da Administração Popular de municipalizar a Saúde. Inclusive, há um grande
descontentamento no bairro Partenon, onde eles fizeram uma manifestação neste
final de semana, Ver. Todeschini, em função do desrespeito que estão sofrendo,
pois essa comunidade perdeu totalmente o acesso à Saúde no bairro Partenon.
Trata-se
de uma Emenda singela, de uma Emenda simples, e é facílimo para o Governo
aprová-la, é facílimo para os Vereadores desta Casa compreenderem a importância
desta Emenda, ela é muito, muito importante para aquela população do Partenon,
que quer ter apenas, Ver. Oliboni, um tratamento de dignidade em relação à sua
saúde, que quer ser atendida, sobretudo, nas ações de prevenção. E nós
acreditamos que a cidade de Porto Alegre, o Município de Porto Alegre, tem as
melhores condições de dar esse tratamento imediato.
Também
gostaria de esclarecer, sobretudo ao Ver. João Antonio Dib - a quem nós muito
prezamos, temos certeza de que ele é um opositor nosso da maior grandeza -, que
nós de nenhuma forma estamos nos portando como se fôssemos infantis, Ver.
Adeli, como se estivéssemos sentidos. Queremos apenas respeito, fomos todos
eleitos pela população de Porto Alegre e queremos realizar a nossa função, nós
queremos exercitar a função de Vereador, que é a de tentar convencer os
Vereadores da situação de que as nossas Emendas têm mérito, nós trabalhamos
pela cidade de Porto Alegre, temos muito carinho por esta Cidade, temos todo o
direito regimental de defender as nossas idéias. Se não conseguimos convencer a
situação, a população de Porto Alegre está nos ouvindo, está percebendo, está
assistindo a todo o nosso esforço para aprovarmos essas Emendas, que, certamente,
também guardam coerência com o Orçamento Participativo, que guardam coerência
com as necessidades e os desejos das comunidades que mais precisam, da
população que mais precisa. Essa é a nossa postura.
Nós
hoje, na Reunião de Mesa e Lideranças - eu acompanhava a Verª Sofia -,
pretendíamos apenas preservar o espaço de Comunicações. Logo após o espaço de
Comunicações, poderíamos votar em bloco as questões da LDO. Infelizmente a
maioria desta Casa utilizou algo que, às vezes, é um pouco abstrato: não tem ninguém,
quase ninguém aqui. Se as câmeras pudessem filmar o plenário, eles não estão
presentes agora, e isso é muito grave... (Palmas.) E os que estão, estão
falando, estão conversando sobre outra coisa. Queria que a câmera filmasse...
Pediria que a Mesa se ativesse à sua condição de Mesa, Ver. Haroldo de Souza,
V. Exª tem que ter respeito, V. Exª está à Mesa. Eu quero que o meu tempo seja
preservado, Ver. Luiz Braz.
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Eu
parei o tempo de V. Exª e peço, por favor, que os Srs. Vereadores...
(Manifestação
fora do microfone. Inaudível.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Eu
peço, por favor, que os Srs. Vereadores possam se manter serenos, para que
possamos prosseguir a Sessão até o seu final. Devolvo o tempo de V. Exª, Verª
Margarete Moraes.
A
SRA. MARGARETE MORAES: Agradeço
ao Ver. Luiz Braz por ter preservado meu tempo. Obrigada, Vereador.
Só
para concluir, quero dizer que o nosso trabalho é muito sério. Nós queremos e
temos o dever de contribuir para a qualidade de vida da cidade de Porto Alegre.
É esse o nosso único ânimo nesta Sessão. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. Raul Carrion está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 30,
destacada, ao PLE nº 031/06.
O
SR. RAUL CARRION: Exmo. Ver. Luiz Braz, demais Vereadores e
Vereadoras, eu não poderia deixar de encaminhar a votação desta Emenda do Ver.
Oliboni, que procura aperfeiçoar o atendimento de saúde do Município de Porto
Alegre. Eu não poderia deixar de encaminhar porque também estou procurando,
nessa área da Saúde, através de outra Emenda, aprimorar o atendimento 24 horas
em postos de saúde.
Nós
vivemos uma situação em Porto Alegre, Ver. Comassetto, na região do Partenon,
onde temos cinco postos municipais e sete postos estaduais ainda
não-municipalizados, numa condição extremamente precária de atendimento. Pelas
informações que eu tenho, Verª Margarete, são os únicos ainda
não-municipalizados no Município de Porto Alegre. Portanto, nada mais justo do
que esta Emenda, que pretende apontar como uma diretriz da LDO, Ver. José
Ismael Heinen, a municipalização de sete postos que já deveriam estar
municipalizados. E aí eu recordo como esta Casa debateu, chegou inclusive a
propor uma CPI para tratar da questão da Saúde, portanto demonstrando ter
interesse com a problemática da Saúde. Eu não consigo compreender, Ver. Garcia,
por que - visto que a municipalização é um processo em andamento, é um objetivo
do SUS a municipalização - não aprovarmos tal Emenda?
Por
tudo isso nós queremos, Ver. Aldacir Oliboni, parabenizá-lo por esta Emenda,
esperamos da parte da base do Governo a aprovação de um processo que é
previsto, que está atrasado e que irá beneficiar principalmente a população da
região do Partenon, mas não somente essa. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em
votação nominal, por solicitação desta Presidência, a Emenda nº 30, destacada,
ao PLE nº 031/06. (Após a apuração nominal.) Um voto SIM,15 votos NÃO
e 01 ABSTENÇÃO. Não há quórum.
Convoco
os Srs. Vereadores para uma Sessão Extraordinária, que será aberta dentro de um
minuto.
(Encerra-se
a Sessão às 15h29min.)
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